segunda-feira, 13 de abril de 2009

BIOGRAFIA

Cassiano Ricardo Leite nasceu em São José dos Campos, São Paulo, no dia 26 de Julho de 1895. Era filho de Francisco Leite Machado e Minervina Ricardo Leite.
Atraído desde cedo pelas letras, aos 12 anos fundou na sua cidade natal a revista "Íris".
Estreou com o livro de poesias "Dentro da Noite", caracterizado pelo simbolismo.
Iniciou o curso de Direito em São Paulo, concluindo-o no Rio de Janeiro, 1917.
Enquanto estudante, fundou a revista "Panóplia".
Aproximou-se de Menotti Del Picchia e Plínio Salgado na época da Semana de Arte Moderna de 1922.
Já em 1924 fundou "Novíssima", revista modernista com intercâmbio cultural pan-americano.
No jornalismo trabalhou no "Correio Paulistano", de 1923 a 1930 como redator e dirigiu "A Manhã" no Rio de Janeiro, de 1940 a 1944.
Mas sua carreira poética começou mesmo com o caráter lírico-sentimental em seu primeiro livro, ligado ao Parnasianismo e Simbolismo, porém em "A Flauta de Pã", 1917, adota a posição nacionalista do movimento de 1922, revelando-se modernista.
Escreve então "Vamos Caçar Papagaios", 1926 e "Borrões de Verde e Amarelo", 1927, que são esboços de "Martim Cererê", 1928, sendo assim peças clássicas da poesia moderna brasileira.
Em 1937 fundou com Menotti del Picchia e Mota Filho o grupo "Bandeira", movimento político que se contrapunha ao "Integralismo". Dirigindo o jornal "O Anhanguera", no qual defendia a ideologia da Bandeira, condensada na fórmula: Por uma democracia social brasileira contra ideologias dissolventes.
Neste ano, 1937, ainda foi eleito para a cadeira número 31 da Academia Brasileira de Letras, sendo o segundo modernista aceito (o primeiro foi Guilherme de Almeida).
Iniciou uma nova fase em 1943 com "O Sangue das Horas", passando do imagismo cromático ao lirismo introspectivo-filosófico, acentuando-se em "Um Dia Depois do Outro", 1947.
Acompanhou de perto as experiências do movimento da poesia vanguarda (Concretismo e Praxismo) nas décadas de 50 e 60, sendo sua obra "Jeremias Sem-chorar", 1964 bem representativa desta posição de poeta experimental, estando em pleno domínio as técnicas grafico-visuais vanguardistas.
Além de tudo que fez, ainda foi historiador e ensaísta, publicou em 1940 um livro de grande repercussão chamado "Marcha para Oeste", em que estuda o movimento das entradas e bandeiras.
Faleceu no Rio de Janeiro, dia 14 de Janeiro de 1974, deixando uma obra de caráter diversificado que transitou por entre visões diversas e até contraditórias, revelando a versatilidade do escritor.

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